quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Improvável






Eu te encontrei.
Em um sonho pouco provável.
Éramos dois seres pertencentes um ao outro,
Sem medo, sem cismas, sem rumo.

Eu te perdia.
Em um sonho pouco provável.
Te perdia em um buraco negro, escavado em rocha dura e fria.

Eu te salvava.
Em um sonho pouco provável,
E você voltava para meus braços
Molhados de lágrimas quentes e abundantes.

Eu te tinha
Em um sonho pouco provável.
Em meus braços a salvo do escuro,
Pertencentes como pares inegáveis.
Como duas peças de um quebra-cabeça
de duas peças.
Como jóia preciosa num busto perfeito.

Mas acordei.
Não te encontrei.
Não te perdi, porque não te encontrei.
Não te salvei, porque não tem perdi.
Porque nunca,
Nunca tive você.


Escrito em 21/10/2008

Um comentário:

Anônimo disse...

Num voo sagaz!
mergulhei para desprender-me das tradições, costumes e lembranças!
Vi ali de que nada adiantou.
Pois ali você estava, você e sua sala.
Quero te contar.
Eu quero é mais.
O gole da fruta roxa.
Livre-se desse entendimento.
Macabro as vezes.
Talvez.
Mas pense bem, você pode usar uma bermuda verde.
E deixar Deus soprar.
...