quinta-feira, 13 de novembro de 2008

DESANIMADA


Estou destruída, ruída em cacos.
Tão desanimada pra continuar,
só de pensar que ainda tem mais, ai que desgraça!
Não agüento ficar muito tempo acordada, tão desanimada.
Parece que minhas veias estão secas, que um vampiro as sugou!

Tá foda de aguentar toda essa baboseiras,
todo dia a mesma coisa, tentando me enrolar.

AGRIDOCE


Todo fim de ano chega.
Eu me afundando no sofá.
Nada na TV, desligada ou ligada.
Tanto faz.
E a balança dos pesares, rangendo nos ouvidos.
Esse ano, fui boa ou má?
Mas, é bom ou ruim ser boa?
Mas, é bom ou ruim ser má?
Como posso me julgar, se também, se não posso julgar ninguém!
Vésperas amargas, árdidas, mas que cheiram bem!
Agridoce.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Improvável






Eu te encontrei.
Em um sonho pouco provável.
Éramos dois seres pertencentes um ao outro,
Sem medo, sem cismas, sem rumo.

Eu te perdia.
Em um sonho pouco provável.
Te perdia em um buraco negro, escavado em rocha dura e fria.

Eu te salvava.
Em um sonho pouco provável,
E você voltava para meus braços
Molhados de lágrimas quentes e abundantes.

Eu te tinha
Em um sonho pouco provável.
Em meus braços a salvo do escuro,
Pertencentes como pares inegáveis.
Como duas peças de um quebra-cabeça
de duas peças.
Como jóia preciosa num busto perfeito.

Mas acordei.
Não te encontrei.
Não te perdi, porque não te encontrei.
Não te salvei, porque não tem perdi.
Porque nunca,
Nunca tive você.


Escrito em 21/10/2008

O Adeus da Bruxa
Sei que te provoquei.
Que te irritei.
Sem mesmo fazer nada.
Simplesmente você não vai muito com a minha cara.
Eu sei que você me ama, mas também me odeia.

Me chama pra cama, só pra me xingar.
Eu não me importo, tanto quanto pareço.
Mas é que sei que a minha vez vai chegar
E chegou!

Agora eu vou embora.
Mas é porque eu me dei bem!
E ninguém vai me pegar.

Mas é porque eu me dei bem, meu bem!
Não sei se você sabe, mas eu só te usei.

Eu me dei bem, meu bem!
E você vai se ferrar!
out/2008 - Recente!!!